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Criação da Joalharia Portuguesa
da Primeira Metade do Século XX

 

O conhecimento da intervenção de determinados mestres na criação e execução de peças de ourivesaria nos finais do século XIX e na primeira metade do século XX começa a ganhar alguma substância.

Nomes como Augusto Luís de Sousa (da Leitão & Irmão, António Maria Ribeiro (da Reis & Filhos e, posteriormente, autónomo), João da Silva ou José Rosas Júnior contribuíram significativamente para dotar esta arte, uns mais a nível da prataria, outros da
joalharia ou de ambas, atingindo um patamar de qualidade, tanto em termos de realização como, em alguns casos, concepção.

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Panorama da joalharia em Portugal nos finais do século XIX e na primeira metade do século XX.

Portugal viveu um intenso momento da produção de joalharia na segunda metade do século XIX, sobretudo ligado aos ourives do Porto e de Gondomar, e com relevantes peças saídas das oficinas que trabalhavam para alguns joalheiros da capital portuguesa.

Por esses tempos, destacaram-se Estêvão de Sousa, ourives especialmente apreciado por D. Maria Pia, a casa Mourão & Irmão, com lojas no Porto e em Lisboa, e, posteriormente, a Leitão & Irmão, com estabelecimentos igualmente em ambas as localidades, vindo a marcar de forma indelével o percurso da alta joalharia em Portugal nos finais de Oitocentos e, sobretudo, na primeira metade do século XX.

Estilisticamente, convivem ainda algumas correntes naturalistas da joalharia oitocentista com peças mais ou menos arrojadas, se bem que integradas dentro
das expressões tardo-românticas que se fizeram sentir em diversos domínios da Arte Portuguesa até às primeiras décadas de Novecentos.

A alta sociedade de Lisboa, Porto e da Província encomendam importantes adereços, muitos dos quais ainda hoje sobrevivem em colecções particulares, apartados,cada vez mais, dos olhares públicos. Em geral, seguem os gostos das elites pelas reminiscências estéticas do passado, que dominam a sociedade vinda de trás, e dos possidentes emergentes que frequentam o mundo social da Belle Époque nacional, bem documentada na revista Ilustração Portuguesa.

Curiosamente, as grandes casas de ourivesaria, como a Leitão & Irmão e a Reis & Filhos, nos seus instrumentos panegíricos de função publicitária, publicados desde os finais do século XIX, conferem muito mais relevância às peças de prataria do que às jóias, provavelmente pela vertente mais pública das primeiras em relação às segundas, a que se conferia maior recato, para além das dimensões dos próprios
objectos.

No início do século XX, a Arte Nova penetra timidamente na joalharia portuguesa, com influências chegadas de vários pontos da Europa, mas não conquistou a elite dominante, pelo que, é dado percepcionar através das jóias que se conhece, estas não se deixaram seduzir pela renovação estilística que esta corrente incorporava.

São pequenos alfinetes e pendentes, em geral, com acentuada sinuosidade, mas sem nunca se atingir, pelo menos do que se conhece, o apuramento de concepção e execução artística alcançados noutros pontos do Mundo Ocidental. 

Quando a Casa Leitão & Irmão, em 1913, concebe o diadema que D. Manuel II, no exílio, oferecerá a sua mulher, D. Augusta Vitória, com diamantes e rubis, ornado de cruzes de Cristo, é sinal de que os estilos inspirados no passado continuam a representar o eixo estético das principais obras.      

Mais tarde, nas décadas de 20 e 30, verifica-se a elaboração de um número mais alargado de exemplares Art Déco, apesar de estes – e tal como se havia passado com a prataria, acabarem por alcançar mais alguma adesão em alguns membros das elites com contactos com o que se passava na Europa, nomeadamente a aristocracia, os industriais e os ricos comerciantes que, frequentemente, viajavam até Paris.

Dessa produção deu notícia a revista Esmeralda, uma publicação determinante para se perceber o percurso da ourivesaria portuguesa, sobretudo durante os anos
20 do século XX. É o caso dos pendentes marcadamente Art Déco realizados por algumas ourivesarias do país ou as pulseiras com ornatos geométricos, característicos deste estilo.

No entanto, a marca dominante articulava-se com a vigência dos revivalismos e eclectismos, mais em consonância com o gosto dominante. Nesse sentido, as peças que parecessem antigas estariam mais de acordo com a intenção das elites em aparentar que usavam peças com ligação a um passado que poderiam não possuir.

Seria, pois, um casamento entre a ostentação do novo com a permanência do antigo, dado pelo revivalismo de várias correntes estéticas passadas. A esta tendência não escapou, igualmente, a generalidade das principais obras da casa de José Rosas & C.ª, como veremos em seguida.

José Rosas Júnior (1885-1958)

Para contextualizar a figura de José Rosas Júnior, teremos de recuar até à primeira metade do século XIX, época em que iniciou a sua actividade o seu avô materno, Vicente Manuel de Moura (1815-1908), ourives do ouro, ensaiador e contraste desse metal na cidade do Porto.

A casa de José Rosas & C.ª  é um dos estabelecimentos de ourivesaria mais antigos do País, tendo a origem mais longínqua, no Porto, através da
referida figura de Vicente Manuel de Moura (1815-1908). O seu genro, José Aires da Silva Rosas, veio a desenvolver um comércio de ourivesaria, destinando-se tanto à execução de peças de prata como de jóias.

O estabelecimento localizava-se na tradicional Rua das Flores, o arruamento dos principais ourives ainda na segunda metade de Oitocentos. Na transição do século XIX para o século XX, esta ourivesaria realizou exposições e editou catálogos das peças que comercializava, o que possibilitou, não só a difusão dos objectos, como, actualmente, o conhecimento preciso das peças que vendia.

Seria, no entanto, seu filho, José Rosas Júnior (1885-1958), que mais viria a influenciar a ourivesaria portuguesa. Com um gosto requintado, influenciado por Inglaterra, onde estudou, tornaria este estabelecimento portuense num dos mais importantes do País, a par com a Casa Reis & Filhos, também com eles relacionados familiarmente.

José Rosas Júnior contactava, desde muito cedo, com o círculo de amizades de seus pais, entre os quais se encontravam nomes grados da Arte da época, como
Soares dos Reis, Silva Porto, Teixeira Lopes – que com esta casa de ourivesaria trabalharia amiúde –, Ventura Terra, Marques da Silva, para além de membros da
intelectualidade, como António Arroyo, João de Deus ou Guerra Junqueiro. Do importante e prolífico, mas algo esquecido, pintor José de Brito havia recebido lições de desenho.

Por intermédio de Jaime Batalha Reis, que era cônsul de Portugal em Londres, e por solicitação de António Arroyo e do escultor António Teixeira Lopes, vai para
Londres, inscrevendo-se no Goldsmiths Institute (New Cross), frequentando um curso livre no Royal College of Art. Desloca-se a Paris, onde entra em contacto
com oficinas de joalheiros e ourives, regressando finalmente de Londres em 1903.

Este é a bagagem estética e técnica que José Rosas Júnior recebe no ponto de arranque da sua longa carreira. E essas influências inglesas tornam-se
particularmente visíveis nos desenhos Arte Nova desses primeiros tempos, que depois abandonará.

O cenário em que se encontra a casa José Rosas aquando do seu regresso apanha os finais da Monarquia e as visitas reais de D. Carlos e D. Manuel II à capital do Norte. Ainda tentaria abrir uma segunda loja em Lisboa, mas com a proclamação da República acabou por não concretizar esse intento. Nestes primeiros tempos do século XX organizara aí exposições, do que dera notícia uma das publicações mais relevantes na época, A Ilustração Portugues.

Os tempos da primeira República haveriam de trazer algumas dificuldades, que a casa vai ultrapassando. O seu casamento, ocorrido em 1911, com D. Maria
Antónia Castro Ramos Pinto, torna-o participante de uma família com marcada influência económica, destacando-se a figura de seu sogro, António Ramos Pinto, também ele um esteta e grande coleccionador de obras de arte.

Adquire, por intermédio do jurisconsulto Dr. António Pinto de Mesquita, antigo governador Civil do Porto, a casa de Ronfe, situada na freguesia de Meinedo, em
Lousada, empreendendo uma profunda campanha de obras, que deixou registada num pormenorizado diário de obra. Para além disso, legou-nos umas interessantes memórias, caso muito raro entre os ourives-joalheiros portugueses.

A paixão que nutria pela Arte, visível na sua biblioteca, conduziu-o ao cargo de conservador-ajudante do Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, e, no Palácio da Ajuda, foi incumbido da relevante missão do restauro das jóias da Casa Real. Foi, igualmente, mesário da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo do Porto.

Destaca-se ainda, para além do supra referido livro, o importante estudo sobre os pendentes em forma de laço, vulgarmente conhecidos por laças, publicado
em 1942 e ainda hoje muito importante no estudo da joalharia setecentista, e os artigos sobre pratas e jóias dos séculos XVIII e XIX, publicados na revista Ourivesaria Portuguesa, em 1950, e de que se realizou uma publicação autónoma.

No ano seguinte, coordenou o livro comemorativo
do centenário da sua casa, em que interveio, igualmente, o eminente historiador Artur de Magalhães Basto. Voltaria a escrever sobre ourivesaria, desta vez em 1952, na revista Panorama. A casa continuou com seu filho, Dr. Manuel Ram os Pinto Rosas, biólogo de formação (UP), mas com um curso de Gemologia tirado em Londres (1947), na Gemmological Association of Great Britain (grau de FGA – Fellow of the Gemmological Association).

Nos anos 70 mudaria as instalações comerciais da Rua das Flores para a zona da Boavista, na zona comercial do empreendimento Graham (Rua Eugénio de Castro), onde se mantém. Actualmente com mais de noventa anos, ainda há pouco tempo orientava esteticamente alguns dos objectos vendidos neste estabelecimento. De há anos a esta parte, passou a contar com a colaboração de seu filho, Eng.º José Rosas, e da sua mulher, Sónia Rosas.

A criação de peças Arte Nova e Art Déco

Para além de uma produção maioritariamente revivalista, existem na obra de José Rosas Júnior manifestações do movimento Arte Nova, observáveis em algumas peças cujos desenhos existem no arquivo desta casa de ourivesaria. São, contudo, jóias contidas na exuberância das formas e na utilização dos materiais, recorrendo, em alguns casos, à esmaltagem, o que permite o seu enquadramento, no status quo estético vigente na época.

Entre as jóias Arte Nova, salienta-se uma primeira fase de marcada influência nas correntes inglesas, como os desenhos concebidos para alfinetes esmaltados em prata com pedraria, datados de 1902, ou para um alfinete, em 1907 e a que não é estranha a presença em Inglaterra do ourives-joalheiro, como
ficou explícito supra.

Mais discretamente Arte Nova, mas claramente incorporados neste estilo, o pendente, concebido em 1907, com diamantes e rubis, e um possível colar, cravejado de diamantes, que aqui não reproduzimos.

Com acentuada presença deste estilo surge um alfinete em forma de pena de pavão de ouro, platina e diamantes brilhantes, realizado em 1910, e apresentado como uma das produções mais relevantes do percurso da casa.

Uma progressiva linearidade será visível noutras peças, como fios com pendentes, e a Art Déco deixará, também, as suas marcas na produção de José Rosas Júnior, nomeadamente nos alfinetes de disposição rectangular, conjugando, numa versão muito peculiar, esmaltes com pedraria e diversas gemas de cor com os diamantes. 

Destas tipologias de peças possui o arquivo desta casa comercial alguns desenhos de notáveis exemplares e de cariz marcadamente geométrico. 

Existem desenhos para clips e alguns modelos de pulseiras, conjugando diamantes com safiras, tipologias muito ao gosto desta corrente estética.

Apesar destes ensaios estilísticos das correntes vanguardistas, alguns de marcada erudição, estamos em crer que esta vertente artística se afirmou como residual ao longo da produção da casa, como se poderá tornar perceptível pela leitura do ponto seguinte. 

A criação de peças revivalistas, eclécticas e tradicionais.

A casa Rosas trabalhou para as elites portuguesas em geral, mas, sobretudo, para as da cidade do Porto e de algumas localidades do interior. Realizou peças de joalharia de grande qualidade, bem como objectos decorativos e utilitários em prata; possuiu, também, uma importante produção de alfaias religiosas. Algumas das peças mais significativas da sua produção encontram-se presentes no livro que,
com introdução histórica de Artur de Magalhães Basto, foi dado à estampa, em 1951, para comemorar o centenário deste estabelecimento de ourivesaria.

Será, no entanto, no domínio da joalharia e da acção concreta de José Rosas Júnior que nos debruçaremos. Este ourives-joalheiro possuía uma vocação artística surpreendente, em termos comparativos com os seus pares, e a formação em Inglaterra acentuaria os contactos com novas realidades artísticas da joalharia internacional, que, como vimos, ainda tentou experimentar sob influência da estadia nesse País.

No entanto, regressando a Portugal, não lhe foi possível continuar em pleno com essa vertente, visto a clientela da sua casa ser profundamente tradicionalista. Aí, o gosto será marcado, ainda durante os primeiros dois terços do século XX, por uma vertente tardo-romântica, definida pelos eclectismos e revivalismos.

Realizou algumas jóias de certo aparato, visíveis na publicação do centenário. Logo do início do século (1906), destaca-se um adereço de diamantes revivalista, num misto da produção portuguesa dos séculos XVIII e XIX.

Os brincos revelam-se marcadamente classicizantes, enquanto o colar ensaia um conjunto de laço
central e fita, numa síntese de evocações barrocas com simplificações neoclássicas. Executa, em 1923, um importante colar em platina com diamantes brilhantes, muito ao gosto das correntes da Belle Époque, voltando ao revivalismo renascentista num meio-adereço formado por colar e par de brincos, em que conjuga ouro e ágatas (1945).

No âmbito dos colares, existem desenhos para objectos mais tradicionais, com o recurso aos esmaltes e a técnicas de trabalho do ouro de reminiscências setecentistas, que esta casa recuperaria e que haveria de se tornar uma forte aposta, entre os finais do século XIX e as primeiras duas décadas do século XX.

É o caso de um colar, em cujo pendente central se vêem as quinas, a azul, e um medalhão com a cruz de Cristo encimada pela esfera armilar.

A Ordem de Santiago surge, também, como recurso iconográfico para influenciar o pendente central de um
colar, que chegou a ser executado, com uma certa estilização dos braços da respectiva cruz.

Ou, inspirando-se nos exemplares da primeira metade
de oitocentos, com festões clássicos e recurso a esmalte, deixou-se guiar pelos cânones do pré-romantismo, facto evidenciado pela presença de uma evocação amorosa, com dois corações trespassados por uma seta, dispostos no centro do pendente.

Noutros casos, a aposta era sobretudo na cravação de pedraria, com diamantes e esmeraldas, seguindo as correntes internacionais dos princípios de Novecentos.

Foi, pois, na assunção das correntes mais tradicionalistas que José Rosas Júnior mais assiduamente concebeu as suas peças de joalharia.

Isso é visível, por exemplo, em determinados anéis e nos alfinetes com ouro e esmalte, com a frase «Por
Bem».

Revisitando a centúria de Setecentos, concebeu alfinetes em forma de laça ou de aigrette, com os habituais pingentes. De 1945, data um alfinete em forma de um magnífico e aparatoso bouquet floral, com aplicação de diamantes, de inspiração setecentista. Noutras jóias, sem reminiscências históricas exactas, pressente-se o peso dos séculos XVIII e XIX, seja pela interpretação da tipologia ou pelos motivos ornamentais empregues.

Nessa fase, servirão de ponto de referência alguns álbuns de desenhos de jóias, executados por José Rosas Júnior, existentes no acervo documental da ourivesaria e datáveis da primeira metade do século XX. Para além disso, verifica-se a influência
de dois prováveis catálogos de desenhos de jóias oitocentistas, propriedade do acervo documental da casa José Rosas & C.ª e recentemente dados à estampa.

Essa marca torna-se visível, nomeadamente, na profusão de desenhos para pequenas peças de matriz classicizante, ficando, sobretudo, renomados os seus alfinetes em forma de cestas, denominados açafates, com pedras de diversas cores.

Por outro lado, alcançaram um grande sucesso junto da clientela os alfinetes com ornatos neoclássicos, de que abundam desenhos nos livros de José Rosas, inspirados no Palácio da Brejoeira, construção onde é visível este estilo.

Para o uso masculino, e continuando uma tradição de cariz oitocentista, encontramos nos seus álbuns desenhos para alfinetes de gravata, actualizados ao gosto dos anos 20/30 do século XX, com motivos mais tradicionais combinados com reinterpretações lineares, mais ao gosto da Art Déco.

José Rosas Júnior desempenhou um importante papel na joalharia portuguesa dos primeiros dois terços do século XX e a existência de um vasto espólio iconográfico permite-nos, actualmente, ter uma percepção concreta do gosto vigente, dos ensaios de novidade e do peso de uma clientela tradicionalista, que determinou os caminhos da concepção de jóias e uma certa estagnação da evolução artística.

A opção por modelos Arte Nova e, mais tarde, Art Déco representou uma excepção em face das opções a que o obrigaram as correntes revivalistas. De certa forma, a estética classicizante constituiu uma opção natural, como o demonstraram os desenhos executados no palácio da Brejoeira, em Monção, onde
esteve por diversas vezes, e em que o próprio edifício teria funcionado como matriz inspiradora de diversos adornos, entre eles alfinetes com motivos clássicos
e cestas floridas.

Manteve-se activo até à sua morte, ocorrida em 1958. Poucos anos depois, já nos anos sessenta, deram-se as primeiras manifestações de joalharia contemporânea, associadas a nomes como José Aurélio, Gordillo, Kukas ou Margarida Schimmelpfennig.

Contudo, o panorama da joalharia resistia à mudança, pois a clientela, esse factor decisivo na evolução da arte, continuava arreigada a padrões mais tradicionais, que apenas se começaram a abrir em maior escala nos finais do século XX.

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