(14-11-2024 às 14:19:46)
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O Escudo Português |
O escudo cunhado nas antigas moedas é representado ao longo dos séculos através de um símbolo que representa acontecimentos, basilarmente de ordem histórica a que se atribui o nome de Heráldica. A Heráldica trata-se de um conjunto de preceitos que regulam a forma porque se devem simbolizar acontecimentos, que dizem respeito a um individuo, a uma família, a uma localidade e ao país cronologicamente. A origem destes símbolos é, decerto, militar e deles encontram-se referências na mais alta antiguidade, quando terão aparecido espontaneamente, em resultado de alguma obrigação. Começaram por representar armas comuns a vários grupos de combatentes, a fim de facilitar a sua reunião em torno de uma bandeira, onde elas estavam pintadas. Visite também, peças com mais valor, Avaliador Oficial e critérios de avaliação. Contacte-nos!
Estas signas representavam também o chefe, quando era um só que levantava os soldados, ou então as cidades que os mantinham. A partir do século XIII, os filhos adoptaram em regra as armas dos pais, e assim se estabeleceu a heráldica de família, deixando de ter um significado exclusivamente militar. Aos soberanos, essa representação passou a designar também a região onde eles imperavam, ou a simbolizar a sua soberania, razão porque na quase totalidade das moedas portuguesas figura o escudo das quinas, símbolo da soberania real. A forma de escudo como arma de proteção foi variando e, como é natural, variou também a sua forma heráldica. Por isso, distinguem-se em Portugal os escudos em amêndoa, pele de touro, alemão, francês, inglês, suíço, italiano, circular, quadrado. A superfície interior do escudo chama-se campo, o qual é considerado dividido por linhas rectas ideais. Conforme as divisões diz-se partido, cortado, fendido ou talhado, havendo ainda subpartições. As cores empregadas na heráldica chama-se geralmente esmaltes, que se dividem em cores, metais e forros. Estas cores são normalmente vermelho (goles), azul (blau), negro (sable), verde (sinople) e púrpura. Actualmente foi adoptada também a cor laranja. Os metais são dois: ouro e prata. Os forros são todos derivados de dois originais: arminhos e veiros.
Quando os esmaltes não podem ser representados a cores, representam-se a preto e branco ou lavrados com traços de inclinação convencionada. Os diferentes desenhos colocados no escudo têm o nome de peças ou móveis e figuras. Simbologia do Escudo Português As armas reais portuguesas constam de escudetes cercados por uma bordadura e tiveram mais de uma representação durante a monarquia. As primeiras moedas reconhecidas e consideradas historicamente verdadeiras, são as do tempo de D.Sancho I. A partir desta altura, o escudo foi sofrendo várias alterações, mas os seus elementos fundamentais foram sempre mantidos. Estas armas, que representavam o reino ou o país, começaram por ser as armas do rei, como aconteceu na maior parte dos outros reinos ou feudos. Os escudetes, em número de cinco, estavam de início dispostos em cruz com os dois flancos apontados ao centro. De cor azul, eram carregados de número variável de besantes de prata, entre cinco e onze. A forma dos escudetes sofreu alterações mas a cor manteve-se; o número de besantes foi mais tarde fixado em cinco, dispostos em aspa. D. João II alterou a posição dos escudetes laterais, agora em pala, isto é, em posição vertical. A bordadura, a vermelho, foi durante muitos anos carregada de número variável de castelos, entre quatro e catorze, até ser fixado em sete. No reinado de D. João I foi introduzido um novo elemento: a cruz de Aviz. A cruz de Aviz servia simplesmente de suporte ao escudo real, não cortando a bordadura, mas em moedas de D. Afonso V e também do reinado de D. João II, figuram escudos onde a bordadura é carregada pelas quatro pontas de uma cruz flor-de-lizada.No entanto, neste último reinado, a cruz de Avis deixou de figurar nas moedas. De então para cá, apenas a forma do escudo sofreu alterações, mas a coroa, que o encimava, teve também a sua evolução. No reinado de D. João VI, quando da criação do Reino Unido (Portugal, Algarve e Brasil), o escudo teve como suporte uma esfera armilar. De 1826 até 1910 voltou o escudo, mais ou menos ornamentado, a uma configuração anterior. No início da República foi novamente adoptada a esfera armilar. O escudo português tem, em regra, seis partes de largura para sete de altura, ou sete para oito. Coroa O uso da coroa remete para a antiguidade. Supõe-se que a utilização da coroa fosse uma forma mais ornamentada da fita que rodeava os cabelos nos penteados e que terá variado até às que imitavam coroas formadas por ramos diversos. Desde a Idade Média, as coroas são usadas como símbolo de soberania temporal, embora as três coroas da tiara papal tenham significado diverso. Até ao século XI não houve regra fixa sobre as formas da coroa, o que parece confirmado pelas representações medievais. Os reis de Portugal usaram a coroa aberta até ao tempo de D. Sebastião , sendo este o primeiro monarca português a usar a coroa fechada. Esta aparece, de início, encimada por um simples arco de círculo e, mais tarde, por arcos (hastes) de dupla curvatura, o que acabou por ser a forma definitiva, embora o número desses arcos variasse de três a cinco, visíveis, acabando por se fixar neste número no reinado de D. João V. Excepcionalmente em moedas de D. José ainda aparecem coroas de quatro arcos. Na coroa portuguesa, as hastes nascem de folhas de aipo (florões) em arcos de dupla curvatura reunindo-se sob uma esfera sobrepujada de uma cruz (crucífero). Nas moedas portuguesas existem coroas cujos florões são uma flor-de-liz, desenho certamente inspirado na coroa francesa, mas, mais tarde, foi definitivamente adoptada a folha de aipo como florão, representada nas mais diversas proporções e estilizações. Os imperadores, reis, príncipes, duques, marqueses, condes, viscondes, barões, têm, para cada categoria, a sua coroa de forma especial e que figura nos escudos heráldicos. Os centros populacionais importantes também sobrepõem às suas armas uma coroa, mural. Em Portugal, a legislação vigente determina que a coroa mural seja em prata, com cinco torres, para as cidades, quatro para as vilas e três para as restantes povoações. A capital do país tem a coroa mural em ouro, com cinco torres, e assim eram, igualmente, as coroas das províncias ultramarinas. Durante a regência de D. Pedro teve inicio a cunhagem mecânica no nosso país, o que muito melhorou o aspecto da gravura da moeda. É a partir daí que se fará referência às principais diferenças que possam aparecer nos elementos que formam a coroa, para uma possível classificação das moedas no que respeita a variantes. Para além da forma, do número de arcos e da quantidade de pérolas, poderão ainda considerar-se na coroa os florões, os pendúnculos e o diadema.
A Cruz A cruz foi, durante estes séculos, instrumento de suplício, formado geralmente por duas peças de madeira atravessadas uma sobre a outra, ao qual se prendiam ou pregavam os criminosos. Com o advento do cristianismo ela passou a ser venerada. Simbolizada como peça heráldica, a cruz varia muito na forma, dimensões e atributos, sendo denominada segundo as modificações que sofrem as suas extremidades. Várias são as cruzes que figuram em moedas portuguesas, embora muitas outras existam e que apresentaremos a título informativo. Símbolos gráficos e motivos ornamentais Em todas as moedas portuguesas aparecem pequenos símbolos gráficos que, ora funcionam como separadores de legendas, ou simplesmente como motivos decorativos. Fonte bibliográfica Alberto Gomes Moedas Portuguesas e do Território que hoje é Portugal, Lisboa-2007 Conheça as peças com mais valor! Conheça como se compra e transmite Cautelas de Penhor. Saiba também quais são os nossos critérios de avaliação! New Greenfil Lda, faça parte de uma história de sucesso! |