(15-09-2025 às 21:55:34)
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VALOR DE COMERCIANTE15/11/2022
Em um pequeno pote de cerâmica, eles descobriram mais de 20 joias em condições quase intocadas, que remontam a cerca de 1.000 anos da Era Viking.
O material estava escondido sob os restos do piso de madeira de um prédio. Oito anéis de pescoço, um anel de dedo, duas pérolas e dois anéis de braço são alguns dos itens encontrados. Junto destas joias, a equipe também descobriu uma bolsa que continha 12 pingentes de moedas — que são moedas usadas como joias.
Os arqueólogos estavam trabalhando em um assentamento da Era Viking localizado no norte da capital Estocolmo. Eles acreditam que o local foi habitado inicialmente por volta de 400 d.C. e permaneceu assim até o início da Idade Média (800 d.C.–1050 d.C.). O sítio possui mais de 20 casas e edifícios, além de uma série de outros artefatos, incluindo joias e armas, principalmente flechas.
Segundo uma das pesquisadoras, essa é uma descoberta muito difícil de se conseguir fazer. Maria Lingström afirmou em nota que “Quando comecei a remover cuidadosamente os anéis de pescoço, um por um, tive essa sensação extraordinária de que eles continuavam vindo”. Após a descoberta, os arqueólogos enviaram as peças para uma empresa de conservação em Estocolmo, para limpeza.
Embora toda a descoberta tenha fascinado os pesquisadores, o que mais se destacou para eles foram 12 moedas. Elas têm diferentes origens e ajudam a explicar uma parte da dinâmica da Europa no início da Idade Média. Algumas das moedas provavelmente são de regiões como Boêmia, Baviera e Inglaterra. Outras são chamadas dirhams e vem de uma região mais distante — possivelmente do Oriente Médio —, e eram comuns entre os árabes.
Uma das moedas europeias é particularmente rara. Ela foi cunhada em Rouen, uma cidade na Normandia, na França, e data do século X. Ela é especial, porque até então os pesquisadores só sabiam da sua existência a partir de desenhos em um livro do século XVIII.
Ter encontrado tantas moedas distintas, com origens de vários lugares, sugere que as pessoas que viviam na Escandinávia durante a Era Viking realizavam comércio com outros povos. Não é possível saber o tamanho dessa rede de relações, mas é uma evidência de que os povos dessa região eram bastante conectados.
O próximo passo dos pesquisadores é tentar descobrir o que fez com que as pessoas que moravam ali decidissem enterrar as joias. Até o momento não é possível afirmar se foi um evento ambiental ou político, mas essas são as duas principais possibilidades. Novas escavações devem oferecer mais detalhes em breve sobre esse mistério.
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