(08-12-2024 às 00:48:26)
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VALOR DE COMERCIANTE
A história das Moedas |
Com a descoberta do metal, o homem passou a usar esta matéria prima para fabricar os utensílios mais diversos entre os quais um instrumento aceitável como unidade representativa de valor possibilitando dessa forma as trocas comerciais em comunidade, a Moeda. Etimologicamente o termo vem do latim "moneta", que provem do Templo Juno Moneta, local em Roma onde se cunhavam as moedas. Visite também, peças com mais valor, Avaliador Oficial e critérios de avaliação. Contacte-nos! Antes desta surgir os instrumentos de troca eram muito diversificados e por vezes geravam conflitos pois, tornava-se algo impreciso medir o valor dos bens sem um meio de troca unânime nas comunidades. Um dos meios de troca que surge em maior relevo e usual em todo o mundo antigo foram os animais. Também o sal era comum em muitos países e é dele que descende o termo "salário". Outros exemplos são: o arroz para a India, China e Japão, o Cacau para o México, as Pérolas para África e as Peles para a Sibéria e América. No quinto milénio a.C. os Sumérios tiveram um papel crucial na história da moeda ao introduzirem um cálculo baseado em valores de referência constantes. A descoberta da moeda representa então um avanço notável na História da Humanidade, pois como padrão de valor potencia o entesouramento, a divisibilidade e a facilidade de transporte. Surgem então no Séc. VII a.C. as primeiras moedas parecidas com o formato que hoje temos, isto é, pequenas peças de metal com peso e valor definidos, e com impressão de cunho oficial. Na Grécia são colocadas a circular as primeiras moedas com figuras de animais e plantas que representavam a belíssima Ilha de Egina. Na Lídia, antiga região Ásia Menor, surgem pequenos lingotes ovais de uma liga de Ouro e Prata chamada Eletro, e as suas ilustrações são alusivas a Efígies. É atribuído aos Lídios a invenção da moeda. As moedas reflectem a mentalidade de um povo e sua época e nelas se observam conteúdos políticos, tecnológicos e culturais. Os primeiros metais a serem usados na cunhagem das moedas foram o Ouro e a Prata, por serem materiais imunes á corrosão, de extrema beleza, raridade e também devido a factores religiosos. Este tipo de cunhagem manteve-se por muitos séculos sendo as moedas uma garantia devido ao seu valor intrínseco. Foi prática assente a cunhagem em ouro nas moedas de maior valor e a cunhagem em prata e em cobre em moedas de valor inferior. Este sistema manteve-se ate ao final do século passado e foi alterado com o Cuproníquel (liga metálica constituída por cobre e níquel) que acabaria por oferecer também uma boa resistência á corrosão e a fadiga. Com este passo a moeda passa a circular pelo seu valor extrínseco, ou seja, pelo valor gravado na sua face, independente do valor do metal usado. As moedas variaram muito o seu aspecto físico ao longo dos séculos. Ora apresentaram-se em tamanhos reduzidos que é o exemplo do stater, que circulou na Fenícia, ora apresentaram-se com dimensões maiores como é o caso do Dáler, peça de cobre oriunda da Suécia no Séc. XVII. Embora se tenha globalmente adoptado a forma oval, as moedas já se apresentaram quadradas, poligonais, etc. Quanto a sua cunhagem ela apresentou também diferentes materiais não metálicos, como a madeira e a porcelana. É da Magna Grécia que são oriundas as mais belas moedas, as Decadracmas e as Tetadracmas. O conceito de Banco Internacional surge pela Primeira vez em Delfos no Templo de Apolo, ao mesmo tempo que passou a ser implementado o Sistema de Empréstimos a Juros. Tudo isto impulsionado pela Confederação de Delos (aliança militar) criada com o objectivo de proteger a Grécia de um ataque Persa, as grandes cidades forneciam tropas e as menores pagavam uma contribuição (imposto). No Séc. IV a.C. enquanto as cidades da Magna Grécia já tinham um sistema de cunhagem amplamente estruturado, em Roma os animais eram o principal meio de troca. A partir do Séc. VII a.C. Roma adoptou o Bronze como bem para intermediar as trocas, não dispunham de Prata e era desconhecida a existência do Ouro na Época. Eram peças disformes de metal bruto fundido (aes rude), avaliado com base no seu peso e sem estilo estético. Apresentavam apenas uma vantagem em relação aos animais, pois eram mais práticas. Roma teve a sua primeira moeda oficial por volta de 335 a.C. o (aes Grave ou aes Librale), de forma redonda com indicação de valor e cunhagem oficial. Em 268 a.C., Roma passa a emitir moedas em prata sendo esta a fase conhecida como Denário Romano. A moedagem Imperial inicia-se com César em 44/45 a.C., pois esta começa a ser cunhada com o retracto do Imperador, a semelhança da Grécia. Com a Fundação de Constantinopla, nova Capital do Império Romano, a moedagem Bizantina derivante da moedagem Romana, apresenta-se com uma iconografia menos expressiva mas no seu todo mais interessante. É comum nesta fase a moeda de ouro que é o exemplo do Solido, o Semisse (½ se Solido) e o Tremisse (1/3 de Solido). A sua forma apresenta-se maioritariamente redonda e com grandes dimensões, podendo atingir o diâmetro de uma tigela. O estilo vinca-se por um caracter sacro onde a Cruz era predominante. As moedas Ibéricas reflectem o choque cultural de povos diferentes (Árabes e Cristãos) que acabou por caracterizar a história da região. As moedas Ibéricas com maior relevo são posteriores a União de Castela e Aragão (1479) e destaca-se o Ducado ou Excelente. Moeda em ouro com os bustos de Isabel I e Fernando II impressos, a denominação Excelente é oriunda do elevado título da moeda. Nesta altura destacam-se também os "Reales de ocho" de prata mais conhecida como o Dólar Espanhol. A história da moeda Portuguesa As primeiras moedas Portuguesas foram produzidas no Reinado de D. Afonso Henriques, de dimensões reduzidas e feitas de bolhão (liga de cobre e prata), a mealha e o dinheiro: a mealha valia metade do dinheiro. O dinheiro à semelhança do Denário Romano, serviu também união monetária. A mealha como era metade de um dinheiro ao precisarem dela para trocos era frequente cortarem-na em duas metades. Foi a partir destas que começaram a ser introduzidos sinais ocultos para evitarem possíveis falsificações. O Morabitino surge como resposta á moeda de ouro Muçulmana, o Dinar. A descoberta de ouro nos túmulos Egípcios, com a expansão Árabe, veiculou este metal para a Europa, começando o seu uso a ser frequente. O Morabitino continuou em circulação nos reinados de D. Afonso II e D. Sancho II, deixando de ter relevo a partir de D. Afonso III, pois este incrementou a produção de dinheiro de Bolhão, com a sua politica económica que assentou sobre uma forte vertente comercial criando para o efeito feiras e mercados. D. Dinis reforçou ainda mais esta ideia, aumentando os privilégios aos feirantes o que produziu uma percentagem ímpar de numerário em circulação. Nos reinados seguintes a este continuaram a fabricar-se os dinheiros de Bolhão o que demonstrou também a carência de materiais nobres na época. Com D. Afonso IV, o dinheiro passou a ser conhecido por Alfonsim. A primeira grande revolução numerária ocorreu com D. Fernando, final da primeira dinastia, com a "operação Barbudas ". O Rei com uma moeda velha conseguia fazer varias moedas novas, usando uma liga de cobre e de prata (bolhão). Era frequentes as moedas serem feitas em cobre e levavam um banho de prata. Desta realidade é que advém o nome Barbudas, pois esta operação gerava um lucro pouco honesto. Cada uma destas novas moedas valia entre sete a nove das velhas moedas, as moedas detinham muito valor, mas na realidade a liga era falsa, o que levou a ruina de muitos Vassalos. Com D.Fernando, as moedas cunhadas em ouro são a Dobra-Gentil e a Dobra Pé-terra. O Ceitil, surge com a expansão Ultramarina Portuguesa (1415) e em seguida os Reais (real preto, real cruzado, etc.). Com estas moedas pretendeu-se criar uma moeda credível, uma moeda de conta. Os sucessores de D. João prosseguiram com a emissão de Reais e Ceitis, no reverso destes surgem os castelos de Ceuta e o Mar. É no reinado de D. Afonso V que é introduzido o ouro em todo o seu esplendor, na moeda de escudo e meio escudo, "Escudo de Toro". São peças de inegável beleza e são demonstrativas das vantagens alcançadas com a expansão ultramarina. O ouro era oriundo de Mina, de Cantor, de Serra Leoa, entre outros. Este lança também o cruzado de ouro, na tentativa de fazer frente ao Ducado Italiano, concebendo um maior toque e gravando na moeda a cruz em resposta ao apelo á cruzada contra os Turcos. Com D. Henrique, após Alcácer Quibir assiste-se a uma decadência, tendo sido nesta altura apenas cunhadas moedas de prata. A decadência da exploração das minas de ouro do Brasil reflectiu-se num acentuado decréscimo no fabrico da moeda de ouro. Tal facto levou a que fosse contraído um empréstimo de 12 milhões de cruzados entre 1756-1757, ao Juro de 5 a 6%. Esta situação levou a emissão de apólices do Real Erário com valores muito elevados. Com estas Apólices surgem as notas de banco, que funcionam como documentos á ordem (uma promessa). A primeira instituição bancaria em Portugal e seus territórios surge na regência de D. João VI, em 1808. D. Pedro IV e D. Miguel dão continuidade as cunhagens mecânicas de cobre, prata e ouro semelhantes às efectuadas no reinado do pai, D. João VI. Nestes reinados distinguem-se os pesados patacos de bronze. Com D. Carlos I acabam as cunhagens de moedas de ouro. A implantação da república deu lugar a cunhagem de novas moedas sem alteração do sistema decimal. Só em 1924,devido a crise financeira, é que surge a moeda de 1 Escudo de prata, sob a égide da República Portuguesa. O Estado novo lança a moeda de 10 Escudos em Prata para celebrar a batalha de Ourique. Conheça as peças com mais valor! Conheça como se compra e transmite Cautelas de Penhor. Saiba também quais são os nossos critérios de avaliação! New Greenfil Lda, faça parte de uma história de sucesso!
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