(07-12-2024 às 23:30:14)
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O Camafeu |
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A palavra camafeu é originária do latim "cammaeus" e significa pedra entalhada ou esculpida e o seu nascimento data o ano 300 a.C., na alexandria no Egipto. A sua utilidade foi direccionada para a decoração de jóias e adornos para roupas.
Inicialmente, a gema mais utilizada para a produção de camafeus foi a ágata e mais tarde, já a partir do século XIX foi a concha.
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As gemas podem ser gravadas como uma imagem negativa (intaglio ou entalhe) ou trabalhadas em relevo. Os camafeus mais apreciados e produzidos da ágata, do ónix e da sardónica continham imagens de deuses gregos, cenas mitológicas e figuras femininas bastante intensamente adoradas pelo povo grego e romano.
No período Helenístico, as jovens mulheres desfilavam camafeus com a figura do deus Eros como um convite sedutor ao amor. Dita a lenda que a morte do Papa Paulo II deveu-se ao facto de este ser um ávido coleccionador de camafeus, no sentido de que, o número excessivo de jóias em camafeus que transportava nos dedos, lhe teria causado uma pneumonia devido à sua temperatura fria.
Até ao século XIX, os camafeus também eram apreciados e utilizados pelo sexo masculino em elmos, capacetes, peitorais de armaduras, punhos de espada bem como broches e anéis. Outra figura histórica apaixonada pelos camafeus foi Napoleão Bonaparte tendo até mesmo fundado em Paris uma escola para ensinar a arte de produção de camafeus a jovens aprendizes. No século XVII era considerado refinado culturalmente um cavaleiro que coleccionasse ou portasse peças em camafeus.
Ao longo dos tempos, os camafeus para além de decorarem jóias foram utilizados para a decoração de vasos, baixelas, taças e copos. Entre os séculos XV e XIX, os nobres e as pessoas ricas apreciavam-nos bastante.
Durante a Era Vitoriana (1837-1901), a cada década surgia novas tendências de jóias, mas o camafeu permaneceu o favorito.
Nos tempos antigos, o intaglio foi usado para selar papéis ou para marcar propriedade. Posteriormente, tornou-se uma jóia utilizada pelas mulheres. O camafeu é o oposto do intaglio, pois, trata-se de um retrato ou uma cena esculpida em relevo com um fundo contrastante colorido.
No século XIX, artesãos qualificados utilizavam pedras preciosas, pedras, conchas, lava, coral e materiais sintéticos para a produção de camafeus. Localizada na baía de Nápoles, a pequena cidade italiana Torre del Greco continua a ser até aos dias de hoje a referência mundial na arte da produção de camafeus.
Idar-Oberstein, na Alemanha também possui um grande centro de produção de camafeus.
Nesta região, as gemas são primeiramente coloridas em cores previamente escolhidas para serem posteriormente, gravadas ou esculpidas com a ajuda de computadores devido à sua dureza utilizando como padrão uma peça original feita manualmente. Camafeu Por fim, a cor é quimicamente retirada da superfície da gema com produtos químicos, ficando a sua cor branca original.
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