(07-12-2024 às 23:39:45)
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O moedeiro |
As moedas fazem parte do nosso quotidiano, serão uma das mais importantes invenções do homem e testemunham a história dos povos ao longo dos tempos. No caso de Portugal, sendo uma nação com mais de oito séculos, tem um legado rico e vasto no que respeita à produção de moeda. As primeiras moedas portuguesas terão sido cunhadas no reinado de D. Afonso Henriques, feitas de uma liga de prata e cobre chamada bolhão e com dois valores: o dinheiro e a mealha (que valia meio dinheiro). Desde então, a moeda portuguesa andou sempre associada à história de quem a mandava cunhar e dela fazia prova de soberania. O percurso da moeda acompanha, ao longo do tempo, os períodos de prosperidade e os retrocessos do seu povo. Visite também, peças com mais valor, Avaliador Oficial e critérios de avaliação. Contacte-nos! É comum a face da moeda ostentar o semblante do soberano que a mandou cunhar. No entanto existe uma face invisível ligada à produção da moeda, a face do profissional que manuseia os materiais, os equipamentos e as ferramentas associados ao seu processo de fabrico: o moedeiro. A profissão de moedeiro é das mais antigas em Portugal e chegou a gozar de grandes privilégios e benefícios como reconhecimento da sua importância. Os moedeiros constituíam uma corporação altamente privilegiada e esses privilégios, que se podem situar cronologicamente entre o reinado de D. Dinis (1324) e o de D. João V (1750), estavam registados no livro dos privilégios dos moedeiros, um manuscrito com cerca de 100 folhas de pergaminho e uma encadernação manuelina que é pertença do arquivo da imprensa nacional casa da moeda. Os moedeiros, que podiam ter as mais diversas profissões, prestavam serviço a título gratuito sempre que para isso eram chamados pelo tesoureiro ou, mais tarde, pelo provedor da casa da moeda, isto é, sempre que se lavrava moeda, e tinham direito a foro privativo, cadeia própria, porte de armas, além de isenção de aposentadoria, de serviço militar, de pagamento de determinados tributos e impostos, sendo que tais privilégios tinham carácter vitalício e eram extensíveis a membros da sua família e serviço. A palavra moedeiro concentrava em si uma série de funções ligadas ao fabrico da moeda que iam desde os oficiais da casa, com vencimento fixo, e se estendiam a todos os outros artífices que colaboravam no fabrico mas não tinham presença permanente: cunhadores, salvadores, contadores, branqueadores, capatazes, guardas da fundição e do cunho, entre outros. Os moedeiros, que naqueles tempos tinham de residir na cidade de Lisboa ou arredores e estar sempre disponíveis para acorrer à casa da moeda quando chamados, viram o seu estatuto transformar-se ao longo dos séculos assim como o exercício das suas funções. Até cerca de 1678 era utilizado o sistema manual do martelo que consistia no seguinte: num cunho fixo, sobre o qual se colocava o disco monetário, o moedeiro encostava, seguro por uma das mãos, o cunho móvel que, por sua vez, recebia uma pancada do martelo, empunhado pela outra mão. A partir de então dá-se início a um novo período na produção da moeda caracterizado pelo uso da máquina e no final do século XVII são definitivamente introduzidos os balancés (máquina utilizada na cunhagem da moeda) de parafuso, cuja força motriz, inicialmente humana, deu lugar ao vapor, a partir de 1835, com a aquisição de uma das primeiras máquinas a vapor do país. Constituídos ao longo de vários séculos, os privilégios dos moedeiros foram finalmente extintos por decreto de D. João VI, marcando o fim do estatuto social da classe que lhes conferia prestígio e importância, além de muitas vantagens fiscais. Actualmente os moedeiros já não gozam dos privilégios de outrora, mas esse facto não lhes retira o orgulho que sentem da sua profissão. Conheça as peças com mais valor! Conheça como se compra e transmite Cautelas de Penhor. Saiba também quais são os nossos critérios de avaliação! New Greenfil Lda, faça parte de uma história de sucesso! |