(08-10-2024 às 20:08:26)
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Depois de termos abordado a história da prata, as razões para a necessidade de controlar a sua produção, de marcar os objectos produzidos e de analisar os sistemas historicamente utilizados na marcação das pratas em Portugal, vamos finalmente olhar para as marcas utilizadas ao longo dos séculos. Numa primeira fase, durante os séculos XV e XVI, depois de confirmado o teor da prata conforme a lei, era colocada na peça para além da marca do ourives da prata, a Marca de Concelho a qual era constituída pela inicial do concelho: L no caso de Lisboa ou P no caso do Porto. Visite também, peças com mais valor, Avaliador Oficial e critérios de avaliação. Contacte-nos! Em 1689, foi estabelecido um esquema legal que durou até 1887. Depois de confirmado o seu teor da prata conforme a lei, eram marcadas com a marca do Ensaiador Municipal, na qual estava presente a letra inicial do município circulada com uma divisa (normalmente uma coroa real), marca essa que se encontrava registada na Câmara, porque para cada município existia uma inicial. Os municípios que no período em causa tiveram Ensaiador foram: Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Lisboa, Porto, Santarém e Setúbal. O Ensaiador Municipal de Braga usou um B; o de Guimarães usou um G; o de Lisboa usou um L; o do Porto usou um P; etc. Os ourives, por sua vez, também registavam uma marca (quase sempre com as suas iniciais), que era igualmente colocada na peça, estes, estavam congregados na Confraria de Santo Elói. Em 1887, substitui-se o controlo municipal do ofício da prata pelo controlo exercido pela Casa da Moeda, criando-se Contrastarias de Lisboa, Porto e Braga, tendo sido, esta última, extinta em 1911. Mais tarde, em 1913, criou-se a Contrastaria de Gondomar que viria a ser extinta em 1938. Através deste sistema, o controlo do ofício da prata passou a ser exercido pelas contrastarias referidas que, a partir de 1938, são só as de Lisboa e Porto. Animais como símbolos Na primeira fase (1887-1937), as peças eram contrastadas com um animal, um javali, sendo a configuração exterior da marca que diferenciava a contrastaria, por exemplo: a punção de Lisboa contorna o Javali, a punção do Porto é quadrada com os cantos cortados. Existem igualmente na marca, indicativos dos vários teores legalmente existentes como 11 dinheiros e 10 dinheiros representados pelos seguintes símbolos: II (onze dinheiros) e I (dez dinheiros). Por outro lado, em 1887, os ourives tiveram de registar novas marcas que passaram a ser constituídas, na sua esmagadora maioria, por um símbolo e pela inicial do ourives. A partir de 1938 e até 1984, o animal constante da marca do ensaiador foi substituída por uma águia, mantendo-se a configuração exterior da marca na diferenciação da contrastaria. Optou-se nesta reforma pela introdução do sistema decimal na contagem do teor da prata, mudando-se de dinheiros para milésimos e colocando-se dentro da marca os respectivos teores: 916 ou 833, consoante o teor, fosse de 916/1.000 ou de 833/1.000. Em 1985 voltou-se a alterar o animal, que, apesar de continuar a ser uma ave tipo águia, está posicionada de forma diferente, mantendo-se a configuração da punção para distinguir as Contrastarias e os indicativos do teor. Punções tradicionais Finalmente, falta-nos referir outras duas punções que aparecem frequentemente em peças de prata: a marca "Cabeça de Velho" e a marca do "Teste da Burilada". A primeira é colocada em peças antigas (anteriores a 1887) que não se encontravam marcadas e a segunda é uma marca em ziguezague produzida pelo buril aquando da recolha de material para ser analisado e confirmado que o seu teor estava conforme a lei. Conheça as peças com mais valor! Conheça como se compra e transmite Cautelas de Penhor. Saiba também quais são os nossos critérios de avaliação! New Greenfil Lda, faça parte de uma história de sucesso! |