(08-10-2024 às 19:07:20)
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Filigrana Tradicional |
Remetendo ao 3º Milénio, no Médio Oriente, a utilização da filigrana foi sendo difundida periodicamente, nomeadamente na época Romana mais recente, na Idade Média em locais como na Sicília e em Veneza, na época barroca no fim do ano 800 e princípio do ano 900. A filigrana é uma técnica de ourivesaria que consiste na combinação de delicados e finíssimos fios de ouro ou de prata aplicados sobre placas do mesmo metal, desenhando motivos circulares, espiralados ou em "S". É caracterizado por um trabalho ornamental elaborado com fios muito finos e pequeninas bolas de metal que soldadas formam um desenho. Visite também, peças com mais valor, Avaliador Oficial e critérios de avaliação. Contacte-nos! Trata-se de uma sucessão de grãos obtidos a partir desse fio de uma lâmina de ouro ou prata (obtido com um utensílio apropriado, que pode ser uma matriz com uma punção adaptado à forma pretendida) com fins decorativos. À sucessão de cada grão (granito) soldados em fila, segundo a técnica aperfeiçoada pelos Etruscos, pode-se atribuir o nome de "Granulado". Após o processo de fundição do ouro, o metal é vertido numa "rendilheira", dando-se-lhe a forma de barra, o que permite a sua utilização nos cilindros do laminador e a sua transformação em chapa ou fio grosso. Este processo de filigranação do metal prossegue numa "fieira", espessa placa de aço crivada de orifícios sucessivamente decrescentes, repuxando-se os fios até se obter a espessura desejada. Uma vez confeccionado, o fio é empregue no enchimento de uma armação, que constitui o desenho do objecto. Normalmente os fios usados são de ouro ou de prata apesar de o bronze e outros metais serem por vezes utilizados. Esta técnica tem sido utilizada na joalharia desde a antiguidade Greco-Romana, sendo ainda empregada também em objectos decorativos. O uso destes objectos em filigrana são normalmente associados à região norte de Portugal, usadas frequentemente no conjunto de vestido de noiva tradicional e ainda também nos trajes femininos dos ranchos folclóricos do Minho inserindo-se no topo da ourivesaria popular. Ao longo dos tempos, a filigrana tem sido acompanhada por duas correntes em relação à sua produção e uso. Numa primeira fase, esta técnica aparece como artefacto secundário da jóia, como técnica de primor e de sentimento artístico, principalmente associada a adereços de luxo, de uso profano e sagrado, com apurado gosto no desenho cujo imaginário e configuração artística a integrava num tipo de ourivesaria própria das classes mais elevadas socialmente. A filigrana foi aplicada em importantes peças de ourivesaria litúrgica como por exemplo o cálice de prata dourada do Mosteiro de Alcobaça, a cruz de D. Sancho exposta no museu de arte antiga, que exemplifica o uso desta técnica como ornamento único. A filigrana vive das jóias pois é considerada como uma técnica de aplicação tendo-lhe sido confinada esta função até ao século XIX. Numa segunda fase, na segunda parte do século XIX, já utilizada como técnica de integração, a filigrana tornou-se mais complexa e perfeita, mais segura, liberta-se da chapa de laminar que decorava passando a ganhar lugar de peça individualizada sobre um esqueleto, estrutura ou armação. Embora não sendo específica da nossa tradição cultural encontramo-la também em outros países e culturas constituindo uma das formas mais características das artes portuguesas. Saiba onde nos encontrar, aqui! Saiba também quais são os nossos critérios de avaliação! Conheça as peças com mais valor! New Greenfil Lda, faça parte de uma história de sucesso! |